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Feb 21st, 2019
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  1. No Brasil, assim como na maioria dos países do mundo, é comum ouvirmos reclamações em relação aos governantes e à má qualidade da gestão dos serviços públicos, como saúde, educação e transporte, além da irresponsabilidade na gestão da economia. No entanto, os governantes geralmente foram escolhidos pela população por meio do voto e, eleição após eleição, os problemas se repetem, ou seja, a população continua elegendo o mesmo tipo de políticos que anteriormente estavam sendo criticados. Segundo o pensador Joseph de Maistre, "Toute nation a le gouvernement qu'elle mérite" ("Toda nação tem o governo que merece"), uma vez que por mais incompetente que um governo seja, a culpa aparenta ser inteiramente da população, já que ela o colocou no poder. Mas será mesmo? Acreditamos que não.
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  3. Para que esta afirmação fosse verdadeira, seria necessário que os políticos fossem os mesmos antes e depois da eleição pois, em geral, as pessoas votam com boas intenções no candidato que aparenta ser o menos pior, mas elas acabam sendo reféns das falsas promessas dos candidatos. Por exemplo, se um candidato se elege falando que vai reduzir impostos, desregulamentar a economia ou se ele fala que vai dar algo para a população e, chegando lá, ele faz exatamente o oposto, então população não merece esse governo, ela apenas sofreu estelionato eleitoral.
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  5. Além disso, o "povo" não é uma entidade, é uma abstração coletivista. Um indivíduo que vive em uma determinada nação governada por políticos nos quais ele não votou, não tem culpa se o seu vizinho votou em tais governantes. Este indivíduo já herdou uma estrutura política viciosa de seus antepassados desde que nasceu e que promove um sistema com incentivos incorretos onde aqueles que tem a maior capacidade de promover campanhas demagógicas acabam se sobressaindo em relação a aqueles que trabalham com a realidade dos fatos. O importante é prometer para ganhar as eleições, uma vez eleito, o político, como todos os outros indivíduos, agirá conforme seus interesses, havendo poucos mecanismos de pressão para que a sociedade possa monitorá-lo e cobrá-lo.
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  7. De acordo com o sistema político atual, não há formas para que o eleitor possa retirar o seu consentimento, sendo assim, o direito de autodeterminação dos povos não é respeitado, fazendo do governo um mecanismo coercitivo e não voluntário, por isso, o governo não é uma representação do povo, se fosse, os judeus na Alemanha no início do século passado, que faziam parte do povo, teriam promovido o próprio genocídio. Os venezuelanos que votaram no Chavez e no Maduro legitimaram o próprio sofrimento por escassez de produtos essenciais à vida.
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  9. Nós nunca consentimos com a estrutura política existente antes de nós, ela viola os direitos naturais e humanos, e possui uma série de incentivos que farão com que ela se perpetue, independente da nossa vontade. Gerações passadas decidiram algo obrigatório a gerações futuras, nos escravizando desde antes de nascermos. O povo merece o governo que tem? Não. No entanto, no curto prazo, só nos resta sofrer as consequências das ações dos governantes atuais. Devemos compartilhar ideias relacionadas à inexistência de um governo, ou pelo menos de um Estado mínimo, onde os serviços seriam realizados de forma mais barata e eficiente por empresas privadas concorrendo entre si, onde as leis seriam derivadas dos direitos naturais: a vida, liberdade e propriedade, e a economia seria baseada em trocas voluntárias, utilizando soluções tecnológicas, e que cresceria de forma orgânica. Assim como nunca mais votar em candidatos que pretendam de alguma forma aumentar o poder do Estado. Como diria o autor Rothbard, no Manifesto Libertário, "A abolição imediata do estatismo, embora improvável, deve ser desejada como a única posição moral possível".
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