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- GT DO FANTASMA
- >estou com sono
- >passei a madrugada inteira na internet
- >me levanto pra ir pra escola
- >tomo aquele banho
- >ao som de sweet dreams
- >coloco o uniforme
- >pego minha bike
- >vou pra escola
- >tô atrasado
- >vou pedalando o mais rápido possivel
- >escuto uma buzina
- >olho pro lado
- >um fucking caminhão
- >me atropela
- >senti uma dor imensa
- >e logo depois tudo ficou preto
- >desmaiei
- >mas era bem estranho
- >eu sabia que estava desmaiado
- >tava tudo preto mas eu conseguia ouvir tudo
- >mas não conseguia acordar
- >ouvi os policiais e os médicos me resgatando
- >ouvi minha mãe chorando no hospital enquanto meu pai dizia que tudo ia ficar bem
- >ouvi as enfermeiras fofocando
- >ouvi uma máquina fazendo beep beep
- >mas continuava vendo tudo preto
- >eu não conseguia falar
- >nem me mover
- >mas ainda estava vivo
- >acho que fiquei dias assim
- >mas não tenho certeza
- >até que finalmente abri os olhos
- >as luzes quase me cegaram
- >levantei devagar
- >não estava sentindo nada
- >isso era estranho
- >afinal um caminhão me atropelou
- >saí andando
- >a porta estava aberta
- >fui pro corredor
- >havia algumas pessoas
- >cheguei na recepção
- >caminhei até a atendente e perguntei
- >"onde estão meus pais?"
- >mas ela me ignorou
- >perguntei novamente
- >ela nem olhou pra mim
- >fiquei irritado
- >caminhei até um dos faxineiros do hospital
- >e perguntei
- >"que dia é hoje?"
- >ele me ignorou e continuou limpando
- >eu não estava entendendo
- >fiquei muito bravo
- >comecei a encarar o faxineiro com toda minha fúria
- >me sentia um judeu encarando hitler
- >tentei agarrar ele
- >mas
- >eu atravessei
- >meu corpo passou direto
- >eu entrei em pânico
- >comecei a passar correndo pelas pessoas
- >eu gritava o mais alto possivel mas ngm me ouvia
- >desespero.jpg
- >fui correndo pro quarto que eu acordei
- >entrei
- >eu vi meu corpo deitado na cama
- >recebendo oxigênio
- >e alguns medicamentos
- >eu estava em coma
- >então
- >sou um espirito?
- >ou fantasma
- >tanto faz
- >isso era triste
- >mas nem tanto
- >eu finalmente era invisivel
- >fui correndo pra minha casa
- >minha mãe estava chorando
- >e meu pai estava rezando
- >tentei falar com eles
- >mas ngm me escutava
- >acho que vou perambular por ai por um tempo
- >a primeira idéia que veio na minha cabeça
- >foi ir na casa da 10/10 da minha escola
- >atravessei a porta
- >vi ela sentada na sala
- >mexendo no celular
- >vi a mãe dela cozinhando
- >sentei no sofá
- >esperei algumas horas
- >ela finalmente foi tomar banho
- >entrei no banheiro
- >vi ela nua
- >meu sonho se realizou
- >bati uma gloriosa
- >pena que minhas mãos atravessavam
- >se não teria apalpado as tetas dela
- >cuidado na hr de tomar banho
- >pode ter um fantasma se masturbando pra vc rs
- >foco no gt
- >saí da casa da 10/10
- >comecei a observar a vida das pessoas
- >fui na casa dos meus amigos
- >nem estavam triste
- >falsos do caralho
- >passei um dia olhando a vida dos outros
- >sempre que eu atravessava uma pessoa
- >eles diziam que sentiram um frio
- >ou que ficaram arrepiados
- >clichê parça
- >me sentei em uma calçada
- >já estava cansado dessa vida de fantasma
- >saudades da minha mãe
- >tenho uma idéia
- >vou correndo pro hospital
- >entro na minha sala
- >olho pro meu corpo
- >me deito em cima dele
- >não funciona
- >me levanto
- >mergulho no corpo
- >nada acontece
- >começo a chorar
- >fico socando meu corpo
- >mandando ele acordar
- >escuto alguém dizer
- >"isso não vai funcionar, eu já tentei"
- >paro instantaneamente
- >olho pra trás
- >há uma garota
- >ela está olhando diretamente pra mim
- >tomo um susto
- >e pergunto
- >"você está me vendo?"
- >ela responde calmamente
- >"estou"
- >me levanto
- >estou tremendo
- >ando na direção dela
- >coloco minha mão no rosto dela
- >eu consigo tocá-la
- >estou assustado e feliz pra caralhooo
- >começo a chorar
- >ela me pergunta
- >"morreu a quanto tempo?"
- >respondo soluçando
- >"me a-acidentei a alguns dias"
- >ela não parece surpresa
- >e me diz
- >"eu morri de leucemia a alguns meses"
- >digo que sinto muito
- >eu pergunto
- >"qual seu nome?"
- >ela me olha nos olhos
- >"Julia, e o seu?"
- >eu respondo meu nome
- >e continuo chorando
- >ela me faz uma pergunta
- >"quer ir pra um lugar legal, pra você esquecer tudo isso?"
- >eu aceito
- >saímos andando pra fora do hospital
- >ela me levou até o alto de um prédio
- >a vista era linda
- >eu nunca havia visto a cidade desse ângulo
- >a mina me empurrou lá do alto
- >eu tomei um susto e senti um frio na barriga
- >caí de cara no chão
- >mas não senti nada
- >ela pulou lá do alto e deu risada
- >"hahaha, você tomou um baita susto"
- >eu fiquei meio bravo
- >mas depois dei risada também
- >perguntei o que ela costumava fazer
- >ela disse que me mostraria
- >ficamos no meio de uma avenida
- >e deixávamos os carros nos atravessarem
- >era engraçado de certa forma
- >fomos em um canil
- >os cachorros estavam quietos
- >ela deu um grito
- >e eles começaram a latir
- >fez um barulho imenso
- >todos latindo ao msm tempo
- >os trabalhadores de lá ficaram confusos
- >sem saber pq eles latiram do nada
- >e acalmaram todos os dogs
- >eu descobri que os animais podem nos ver
- >clichê parça(2)
- >minutos depois
- >subimos em um dos prédios mais altos da cidade
- >sentamos na beira do prédio
- >ela me contou sobre a familia dela
- >me disse sobre seus tios que moravam na bulgária
- >e sobre sua irmã mais nova
- >eu contei a ela sobre meu dia a dia
- >mesmo que minha rotina fosse uma bosta
- >ela me olhou nos olhos
- >e disse que gostava da minha companhia
- >eu também gostava da companhia dela
- >ela fez uma pergunta
- >"será que fantasmas conseguem beijar?"
- >eu respondi
- >"podemos tent..."
- >antes de terminar ela se aproximou e começou a me beijar
- >foi o melhor beijo da minha vida
- >ou o melhor beijo da minha morte
- >sei lá
- >mas aquilo foi realmente muito bom
- >alguns dias se passaram
- >ficavamos o dia e a noite juntos
- >literalmente
- >já que não dormiamos
- >ela me levou pra conhecer a familia dela
- >vi a irmã dela desenhando na sala
- >e o pai e a mãe arrumando a cozinha
- >eles pareciam tristes
- >me aproximei do pai dela e disse
- >"com licença senhor, você agora é meu sogro"
- >ela riu e disse
- >"tem certeza que quer namorar comigo?"
- >eu segurei as mãos dela e disse
- >"é o que eu mais quero"
- >logo depois me ajoelhei
- >segurei a mão direita dela e perguntei
- >"senhorita Julia, gostaria de namorar comigo?"
- >ela aceitou
- >e me deu um beijo
- >é, nos conhecemos a alguns dias
- >e já estamos namorando
- >ela olhou pra mãe dela
- >e disse que gostaria de falar com ela
- >pelo menos mais uma vez
- >disse que se arrepende
- >de ter dito que odiava ela
- >em uma apresentação de ballet da sexta série
- >Julia começou a chorar igual a um bebê
- >tentei consolá-la
- >ela me abraçou com toda a força
- >disse que graças a mim não estava mais sozinha
- >precisavamos um do outro
- >saímos da casa dela
- >levei ela na minha casa
- >havia pessoas da igreja orando por mim
- >minha mãe estava chorando
- >tentei abraça-la
- >depois subi as escadas
- >mostrei meu quarto pra ela
- >ela viu meus mangás e perguntou entusiasmada
- >"Uauu, você gosta de Shingeki no kyojin?"
- >respondi que sim
- >e passamos o dia todo no meu quarto
- >conversando sobre isso
- >eu me aproximei da boca dela e dei um beijo
- >ela correspondeu
- >comecei a passar a mão pelo corpo dela
- >as coisas ficaram mais quentes
- >ficamos sem roupa
- >minha mãe entrou no quarto
- >parei por um instante e esperei ela sair
- >após ela sair
- >perguntei
- >"será que seria estranho se a gente tranzasse?"
- >ela perguntou
- >"pq vc acha que seria estranho?"
- >eu respondo
- >"sei lá, estamos mortos"
- >ela riu
- >"n se preocupa, não é necrofilia se vc n violar meu cadáver"
- >continuei com as preliminares
- >eu me deitei
- >e ela sentou em mim
- >sensação de prazer extrema
- >ficamos tranzando durante horas
- >tentamos todas as posições
- >inventei uma chamada procurando nemo
- >melhor eu nem contar como é rs
- >mais dias se passaram
- >passavamos o dia assustando os pombos e nos beijando
- >as vezes tranzavamos em público
- >mas ngm via né kappa
- >msm n tendo mais ngm pra dialogar
- >eu tava feliz pra porra
- >nós não estavamos mais tristes
- >encontrei a garota dos meus sonhos
- >precisei morrer pra isso acontecer
- >estávamos andando normalmente na rua
- >vimos o carro do meu pai passando
- >decidimos segui-lo
- >estacionaram no hospital
- >entraram correndo
- >chegaram na sala onde meu corpo estava
- >a enfermeira disse contente
- >"é um milagre, ele está acordando"
- >eu fiquei desesperado
- >nunca mais veria a Julia
- >ela começou a chorar
- >e eu tbm
- >abracei ela
- >e disse
- >"não vou me esquecer de vc... vou me suicidar pra nos encontrarmos"
- >ela respondeu
- >"prometa que nunca vai fazer isso!"
- >ela me fez prometer
- >vou sentir tanta saudade
- >ela diz
- >"vou estar com você todos os dias"
- >meu corpo começou a se mexer
- >comecei a sentir fraqueza nas pernas
- >dei um beijo nela
- >e disse
- >"eu te amo!"
- >ela sorriu enquanto chorava e disse
- >"também te amo!"
- >meu corpo começou a acordar
- >comecei a ser sugado
- >eu tentava me segurar
- >mas era inútil
- >estava me puxando com muita força
- >tipo um imã
- >eu olhei pro rosto da Julia
- >e fechei os olhos
- >fui sugado pra dentro do corpo
- >acordei
- >minha mãe começou a chorar e disse
- >"Graças a Deus!"
- >eu estava me sentindo cansado
- >meu pai me abraçou
- >eu comecei a chorar e disse
- >"Julia..."
- >dois meses depois
- >já havia me recuperado do acidente
- >fraturei a costela
- >quebrei o braço
- >e tive um traumatismo craniano de levs
- >fui na casa da Julia um dia
- >os pais dela não sabiam quem eu era
- >mas me deixaram entrar
- >contei que conheci a filha deles
- >durante o meu coma
- >eles acharam que eu era maluco
- >mas eu disse
- >"ela lamenta bastante por ter dito que te odiava, durante uma apresentação de ballet da sexta série"
- >os dois começaram a chorar e me abraçaram
- >eu fiquei emocionado
- >disse que ela amava os dois
- >fui pra casa
- >todos os dias eu tranco a porta do meu quarto
- >e converso com a Julia
- >mesmo não vendo ela
- >e mesmo sabendo que não ouvirei a resposta dela
- >sei que ela está ali
- >me escutando
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