Advertisement
Not a member of Pastebin yet?
Sign Up,
it unlocks many cool features!
- Limites
- =======
- Uma ideia central em cálculo é o **valor da declividade de uma reta**, mas
- para avaliar a declividade, a taxa de mudança, em condições de fuga, quando os
- termos se tornam quase 0/0, requer a ideia de um **limite**. E central na
- ideia de um limite é a ideia de uma **sequência** de números racionais.
- .. TODO:: Ancorar palavra "declividade".
- .. TODO:: Ancorar palavra "racionais".
- A Sequencia dos Números Racionais
- ---------------------------------
- Encontramos essa sequência em geometria quando determinamos o valor de **pi**,
- que é a razão da circunferência de um círculo pelo seu diâmetro. Para isso,
- inscrevemos no círculo um polígono regular. A razão do perímetro do polígono
- para o seu diâmetro, que nós podemos calcular, será uma aproximação de **pi**.
- E quando nós aumentamos o número de lados -- isso se nós considerarmos uma
- sequência de polígonos: 60 lados, 61 lados, 52, 63, 64, e etc -- a sequência
- dessas razões fica cada vez mais próxima de **pi**. O círculo nunca será igual
- à nenhum polígono. Mas se considerarmos um número suficientemente grande de
- lados, a diferença entre o círculos e aquele polígono, o erro, vai ser bem
- menor que qualquer número pequeno que pudermos imaginar. Menor até que
- .. MATH:: 0.00000000000000000000000000000001!
- Essa é a ideia de uma sequência aproximando-se de um limite, ou uma fronteira.
- Por esse processo, nós podemos aproximar o valor de **pi** tão próximo quanto
- quisermos.
- .. TODO:: Substituir "pi" pelo símbolo correto.
- .. TODO:: Incluir Problema 1.
- O Limite de uma Variável
- ------------------------
- Considere essa sequência de valores de uma variável **x**:
- .. MATH:: 1.9, 1.99, 1.999, 1.9999, 1.99999, ...
- Esses valores estão ficando cada vez mais próximos de 2 -- eles estão se
- aproximando de 2 como seu limite. 2 é o menor número tal que não importando
- que termo da sequência nós tomemos, ele será menor que 2.
- Nós podemos definir "cada vez mais perto" matematicamente, dizendo que as
- diferença entre os termos daquela sequência e 2 se tornam e permanecem menores
- que qualquer número pequeno que pudermos pensar. Isso é, nós podemos definir
- um limite considerando a sequência de diferenças, **x - 2**:
- .. MATH:: 1.9 − 2, 1.99 − 2, 1.999 − 2, 1.9999 − 2, 1.99999 − 2, ...
- Agora pense num número positivo, porém pequeno. Por exemplo, "O tamanho de
- um átomo de hidrogênio". Então se considerarmos um número suficiente de
- elementos dessa sequência, o valor absoluto de alguma diferença (que é
- negativa) vai ser menor que o número escolhido. O erro, em outras palavras,
- entre os termos de uma sequência e o seu limite pode ser tão pequeno quanto
- quisermos.
- .. TODO:: Ancorar "sequencia".
- Quando uma variável **x** se aproxima de um limite **l**, nós simbolizamos
- isso como **x -> l**. Lê-se: "Os valores de x aproximam-se de l como limite",
- ou simplesmente, "x aproxima-se de l". No exemplo acima, **x -> 2**, "x
- aproxima-se de 2".
- .. TODO:: Ancorar "acima".
- .. TODO:: Substituir "->" pelo símbolo correto.
- Também dizemos que uma sequência **converge** para um limite. A sequência
- acima converge para 2.
- .. TODO:: Ancorar "acima".
- Por uma **sequência** estamos nos referindo uma lista de números racionais
- ordenados de acordo com uma regra ou um padrão indicado.
- Limites a Esquerda e a Direita
- ------------------------------
- A sequência que havíamos escolhido era de valores menores que 2. Quando nós
- dizemos que **x** se aproxima de 2 pela esquerda. Nós escrevemos:
- .. MATH:: x \to 2^-
- Mas nós podemos fácilmente contruir uma sequência de valores de **x** que
- converge para 2 pela direita, isso é, uma sequência de valores que é maior do
- que 2. Por exemplo:
- .. MATH:: 2.2, 2.1, 2.01, 2.001, 2.0001, 2.00001, ...
- Nesse caso nós escrevemos:
- .. MATH:: x \to 2^+
- Novamente, não importa o quão pequeno um número seja, se seguirmos a
- sequência o suficiente, o valor da diferença **|x - 2|** vai ser menor que
- esse pequeno número. Assim como as diferenças subsequentes.
- Mais uma vez, quando nós dizemos que uma variável **x** "aproxima-se de um
- limite **l**" estamos dizendo que os valores de **x** ficam cada vez mais
- próximos de de **l**. Embora os valores de **x** nunca sejam iguais a **l**.
- O limite **l** é a fronteira que nenhum membro da sequência vai cruzar.
- Vamos resumir isso numa definição. Mas primeiro, **x** não é a única
- variável. **y** será uma variável em função de **x** -- f(x) -- que é também
- uma variável. Quando nós chegarmos a definição de derivada, **Δx** ou **h**
- vão ser a variável. Então vamos usar a letra **v** para representar qualquer
- variável.
- .. DEFINITION:: 2.1. O Limite de uma Variável
- Dizemos que uma sequência de valores de uma variável **v** aproxima-se de um
- número **l** como o **limite** se, começando por um certo termo da sequência
- **|v - l|** (com nenhum termo da sequência sendo **v** igual a **l**), o
- valor do termo e de qualquer termo subsequente que quisermos é menor que
- qualquer número positivo que podemos imaginar. Quando essa condição é
- satisfeita, dizemos que:
- .. MATH:: v \to l
- Logo, se **Δx** é a variável, e uma sequencia dos seus valores racionais se aproxima de um limite 0, dizemos que
- .. MATH:: \Delta x \to 0
- O Limite de uma Função
- ----------------------
- Nós definimos o limite de uma variável, mas o que nós tipicamente temos é
- uma função em uma variável, que é também uma variável. Por exemplo:
- .. MATH:: y = f(x) = x^2
- Logo, uma sequencia de valores de **x** vai forçar uma sequencia de valores
- de **f(x)**. A questão é: se os valores de **x** aproximam-se de um limite,
- os valores correspondentes de **f(x)** também vão se aproximar do limite? Se
- esse é o caso -- se **f(x)** aproxima-se de um limite **L** quando **x**
- aproxima-se de um limite **l** -- nós dizemos que:
- .. MATH:: \lim_{x \to l} f(x) = L
- .. CENTERED:: "O limite de *f(x)* quando *x* aproxima-se de *l* é *L*"
- Na verdade, vamos ver o que acontece com **f(x) = x²** as **x -> 2-**.
- Suponha novamente que **x** assume essa sequencia de valores
- .. MATH:: 1.9, 1.99, 1.999, 1.9999, 1.99999, ...
- Então **x²** vai assumir essa sequencia:
- .. MATH:: (1.9)^2, (1.99)^2, (1.999)^2, (1.9999)^2, (1.99999)^2, ...
- É fácil ver que **x²** aproxima-se de 2² = 4.
- .. MATH:: \lim_{x \to 2^-} x^2 = 4
- Mais uma vez, isso significa que se tomarmos termos o bastante da sequência
- de diferenças, **x² - 4**:
- .. MATH:: (1.9)^2 − 4, (1.99)^2 − 4, (1.999)^2 − 4, (1.9999)^2 − 4, ...
- O valor absoluto será menor que qualquer número positivo que pudermos
- escolher. Não importa o quão pequeno.
- Além disso, se considerarmos a sequência **x -> 2+**:
- .. MATH:: 2.2, 2.1, 2.01, 2.001, 2.0001, 2.00001, ...
- Então os termos de **x² - 4** são:
- .. MATH:: (2.2)² − 4, (2.1)² − 4, (2.01)² − 4, (2.001)² − 4, ...
- Novamente, menores que qualquer pequeno número.
- Se 4 é o limite de **f(x)** quando **x** se aproxima de 2 pela direita e pela
- esquerda nós podemos omitir o **+** ou **-** e simplesmente dizer:
- .. MATH:: \lim_{x \to 2} x^2 = 4
- Para resumir:
- .. RUBRIC:: Definição 2.2. Um função "tem um limite"
- Dizemos que uma função **f(x)** "tem um limite" **L** quando **x**
- aproxima-se, se para cada sequencia de valores de **x** que se aproxima-se
- como um limite -- seja pela esquerda ou pela direita -- o valor de f(x)
- aproxima-se de **L** como um limite. (Definição 2.1)
- .. TODO:: Ancorar "Definição 2.1".
- Quando essa condição é satisfeita, nós dizemos:
- .. MATH:: \lim_{x \to l} f(x) = L
- .. CENTERED:: "O limite de *f(x)* quando *x* aproxima-se de *l* é *L*"
- Em outras palavras, para o limite de **f(x)** existir quando **x** aproxima-se
- de **l**, o limite da esquerda e o limite da direita precisam ser iguais.
- .. MATH:: \lim_{x \to l} f(x) = L \quad \text{se e apenas se} \quad
- \lim_{x \to l^-} f(x) = L \quad \text{e} \quad \lim_{x \to l^+} f(x) = L
- .. NOTE::
- Vamos ver que essa definição de limite de uma função existindo quando
- **x** aproxima-se de **l**, se torna a definição de uma função ser
- continua naquele valor -- se **L** é o valor da função ali, isso é se
- **L** = f(x). (Definição 3.)
- .. TODO:: Ancorar "Definição 3"
- O limite mais importante -- a razão de ser do cálculo diferencial -- é
- chamado de **derivada**. Todos os outros limites estudas em Cálculo I são
- jogos lógicos dos quais você nunca vai ouvir novamente.
- Aqui está um exemplo de uma função que não aproxima-se de nenhum número como
- limite:
- .. MATH:: \lim_{x \to 0} \frac{1}{x}
- Quando **x** se aproxima de 0 -- se tornando um número muito pequeno -- o
- seu recíproco **1/x** se torna um número muito grande. Na verdade, ele vai
- se tornar maior que qualquer número que quisermos. O valor de **1/x** aumenta
- além de qualquer fronteira.
- .. NOTE::
- Na lição 4, vamos aprender o que significa dizer que **1/x** se torna
- infinito.
- .. TODO:: Ancorar "lição 4".
- .. TODO:: Ancorar "torna infinito".
- Agora vamos provar que um certo limite **existe**, digamos o limite de
- **f(x) = x** quando **x** se aproxima de qualquer valor **c** (que **f(x)**
- também de aproxima de **c** deve ser óbvio).
- .. RUBRIC:: Teorema: Se **f(x) = x**, então para qualquer valor de **c**,
- .. MATH:: \lim_{x \to c} f(x) = lim_{x \to c} x = c
- .. TODO:: Imagem mostrando o gráfico de **f(x)** e o ponto **c**.
- Logo, se uma sequencia de valores da **variável x** aproxima-se de **c** como
- um limite (Definição 2.1), então a sequencia de valores da **função f(x) = x**
- vai também aproximar-se de **c** como um limite (Definição 2.2). Por exemplo:
- .. MATH:: \lim_{x \to -2} x = -2
- .. TODO:: Ancorar "Definição 1".
- .. TODO:: Ancorar "Definição 2".
- Teoremas dos Limites
- --------------------
- Para nos ajudar a calcular limites, é possível provar o seguinte:
- Sendo **f** e **g** funções da variável **x**, se existir:
- .. MATH:: \lim_{x \to l} f(x) = A \quad \text{e} \quad \lim_{x \to l} g(x) = B
- Então:
- .. MATH::
- :nowrap:
- \begin{eqnarray}
- \lim_{x \to l} (f + g) &= A + B\\
- \lim_{x \to l} (fg) &= AB\\
- \lim_{x \to l} (\frac{f}{g}) &= \frac{A}{B}
- \end{eqnarray}
- Em outras palavras:
- - O limite da soma é igual a soma dos limites.
- - O limite de um produto é igual ao produto dos limites.
- - O limite de um quociente é igual ao quociente dos limites, dado que o limite
- do denominador seja diferente de 0.
- Se **c** não depende de **x** -- se **c** é uma contante -- então:
- .. MATH::
- :nowrap:
- \begin{eqnarray}
- \lim_{x \to l} c = c
- \end{eqnarray}
- .. TODO:: Mudar número da equação para 4
- Por exemplo:
- .. MATH:: \lim_{x \to 4} 5 = 5
- Para ver isso, faça **x** aproximar-se de:
- .. MATH:: 4 \frac{1}{2}, 4 \frac{1}{4}, 4 \frac{1}{8}, 4 \frac{1}{16}, 4 \frac{1}{32}, ...
- O valor de 5 -- ou qualquer outra constante -- não muda. É uma constante!
- Quando **c** é um fator constante, mas **f** depende de **x**, então:
- .. MATH:: \lim_{x \to l} cf = c \lim_{x \to l} f
- .. TODO:: Mudar número da equação para 5
- O fator constante pode sair do sinal de limite (isso segue dos teoremas 2 e
- 4). Por exemplo:
- .. MATH:: \lim_{x \to l} 8x^3 = 8 \lim_{x \to l} x^3
- .. TODO:: Incluir Exemplos e Problema.
- Limites de Funções Polinomiais
- ------------------------------
- O estudante pode pensar que para avaliar o limite tudo o que fazemos é avaliar
- a função naquele valor. E para a maior parte dos limites isso é verdade! Uma
- das mais importantes classes de funções para a qual isso é verdade são as
- funções polinomiais (Tópico 6 de Pré-Calculo). Uma função polinomial em **x**
- tem essa forma geral:
- .. TODO:: Ancorar "Topico 6 de Pré-Calculo".
- .. MATH:: P(x) = a_nx^n + a_{n−1}x^{n−1} + ... + a_1x + a_0 \quad \text{com} a_n \in \mathbb{Z} \quad \text{e} \ne 0
- Portanto, de acordo com os teoremas do limite, para avaliar o limite de uma
- polinomial quando **x** aproxima-se de qualquer valor **c**, simplesmente
- avalie o polinomial naquele valor.
- .. MATH::
- \text{Se $P(x)$ é um polinomial}\\
- \lim_{x \to c} P(x) = P(c)
- (Nós veremos que isso é equivalente a dizer que funções polinomiais são
- continuas. Definição 3)
- .. TODO:: Ancorar "Definição 3".
- É importante entender, portanto, que quando:
- .. MATH:: \lim_{x \to c} P(x) = P(c)
- A variável **x** nunca é igual a **c**, e que **P(x)** nunca é igual a
- **P(c)**! Estamos nos aproximando de **c** e **P(c)** como limites. "Cada vez
- mais". Apesar disso, nós podemos avaliar o limite apenas avaliando a função
- em **c**.
- .. TODO:: Incluir problemas e exemplos.
Advertisement
Add Comment
Please, Sign In to add comment
Advertisement