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a guest
Dec 4th, 2016
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  1. Percebo que, quando encontro-me solitário, que não é raro o momento, desculpo-me em desculpas fictícias de que a solidão é bela, mas ela não passa de um vazio.
  2.  
  3. Nego-me em preenche-lo com coisas fúteis pois sei que de nada adiantará. Preencho-me com amor, mas sei que logo se se esvairá. Percebo que o amor é infinito, mas se esgotou.
  4. E nessa solidão desvairada, estarei a merce de todos e não de mim.
  5.  
  6. Fico-me assim, nem triste, mas no fim. Sento-me aqui, talvez ali ou assim, e, sendo assim, solitário estou. E meu coração não é kit, mas está despovoado. Cheio de amor está, mas não há ninguém afim de preenche-lo. E, chegamos ao fim de mais um zelo, onde um homem morre e outro renasce. E isso tudo acontece por causa da bela e destruidora solidão, mãe de toda imaginação, que remete ao homem o belo e doce alívio da ilusão.
  7.  
  8. Ilusão essa de que nunca estamos sós, mas sabemos que sempre estaremos. Nascemos sós, morreremos sós, nem que sejamos gêmeos.
  9.  
  10. Ponho-me a chorar, não só de dor, mas de pavor, de passar o resto da vida assim, só, sem poder contemplar um grande amor. E nisso tudo não há nada além de esperança para o fim dessa grande solidão.Percebo que, quando encontro-me solitário, que não é raro o momento, desculpo-me em desculpas fictícias de que a solidão é bela, mas ela não passa de um vazio.
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